20 de dezembro de 2009

TDAH

O que é o TDAH?


O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD

Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe?


Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.

No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em “experiência pessoal” ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, mas nunca apresentaram seus “resultados” em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do que dizem.

Os segundos são aqueles que pretendem “vender” alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto.  Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa conseqüências terríveis. Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma “aparência” de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.

O TDAH é comum?


Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.

Quais são os sintomas de TDAH?

O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:

1) Desatenção

2) Hiperatividade-impulsividade

O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.

Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São frequentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande frequência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

Quais são as causas do TDAH?


Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.

Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.

O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).  Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.
A) Hereditariedade;
B) Substâncias ingeridas na gravidez;
C) Sofrimento fetal;
D) Exposição a chumbo;
E) Problemas Familiares.

Leituras indicadas sobre o assunto:

Mattos, Paulo. São Paulo, Lemos Editorial, 2001.No Mundo da Lua: Perguntas e respostas sobre Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos.

Luis Augusto Rohde, Paulo Mattos e colaboradores. Princípios e Práticas em TDAH Artmed Editora, 2002.


Disgrafia

Disgrafia

O que é Disgrafia?

A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.

Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.

Características:



  • Lentidão na escrita. 


  •  Letra ilegível. 


  •  Escrita desorganizada.


  • Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.


  • Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial. 


  •  Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha.


  • Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo).


  • Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.


  • O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares. 


  •  Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima. Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:
  • Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever.


  • Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.
Tratamento e orientações:

O tratamento requer uma estimulação lingüística global e um atendimento individualizado complementar à escola. Os pais e professores devem evitar repreender a criança. Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista. Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral. Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas. Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.

Autora: Simaia Sampaio

Retirado do site: http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/disturbios.htm#Disgrafia

Disortografia

Disortografia

A disortografia pode ser definida como o conjunto de erros da escrita que afectam a palavra mas não o seu traçado ou grafia. A disortografia é a incapacidade de estruturar gramaticalmente a linguagem, podendo manifestar-se no desconhecimento ou negligência das regras gramaticais, confusão nos artículos e pequenas palavras, e em formas mais banais na troca de plurais, falta de acentos ou erros de ortografia em palavras correntes ou na correspondência incorrecta entre o som e o símbolo escrito, (omissões, adições, substituições, etc.).

Sinais indicadores:


•Substituição de letras semelhantes.
•Omissões e adições, inversões e rotações.
•Uniões e separações.
•Omissão - adição de “h“.
•Escrita de “n“ em vez de “m“ antes de “p“ ou “b“.
•Substituição de “r“ por “rr“.

Problemas associados

Perceptivos:

•Deficiência na percepção e na memória visual auditiva
•Deficiência a nível espácio-temporal (correcta orientação das letras, discriminação de grafemas com traços semelhantes e adequado acompanhamento da sequencia e ritmo da cadeia falada.

Linguístico:

•Problemas de linguagem – dificuldades na articulação
•Deficiente conhecimento e utilização do vocabulário

Afectivo-emocional:

•Baixo nível de motivação

Pedagógicas:

•Método de ensino não adequado, (utiliza frequentemente o ditado, não se ajusta à necessidades diferenciais e individuais dos alunos, não respeitando o ritmo de aprendizagem do sujeito).
 
O que você pode fazer:


•Encorajar as tentativas de escrita da criança, mostrar interesse pelos trabalhos escritos e elogiá-la.
•Incitar a criança a elaborar os seus próprios postais e convites, a escrever o seu diário no final do dia como rotina.
•Chamar a atenção da criança para as situações diárias em que é necessária a utilização da escrita.
•Incite a criança a ajudá-la na elaboração de uma carta.
•Não valorize demasiado os erros ortográficos da criança uma vez que estes já são motivo de repreensão e frustração demasiadas vezes.
•Não corrija simplesmente os seus erros mas tente antes procurar a solução com a criança (ex.: "qual a outra letra que podemos usar para fazer esse som?").
•Recorra a livros de atividades que existem no mercado que permitem à criança trabalhar os vários casos de ortografia.
•Não sobrecarregue, contudo, a criança com trabalhos e fichas que a cansem demasiado e a levem a ver as actividades académicas como desagradáveis. Também é preciso brincar.

Discalculia

Discalculia
O que é?


É basicamente a dificuldade em aprender matemática.

Discalculia (não confundir com acalculia) é definido como uma desordem neurológica específica que afecta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números. A discalculia pode ser causada por um deficit de percepção visual. O termo Discalculia é usado frequentemente ao consultar especificamente à inabilidade de executar operações matemáticas ou aritméticas, mas é definido por alguns profissionais educacionais como uma inabilidade mais fundamental para conceitualizar números como um conceito abstracto de quantidades comparativas.Cerca de 60% das crianças disléxicas possuem dificuldades com números e as relações entre eles.  Mesmo frequentemente associado com a dislexia, a discalculia deve ser considerado um problema de aprendizado independente.


Quais os sintomas?

  • Lentidão extrema da velocidade de trabalho, pois não tem os mecanismos necessários. (tabuada decorada, sequências decoradas)

  • Problema com orientação espacial: não sabe posicionar os números de uma operação na folha de papel, gasta muito espaço, ou faz contas “apertadas” num cantinho da folha.

  • Dificuldades para lidar com operações (soma, subtração, multiplicação, divisão) 
  • Dificuldade de memória de curto prazo (tabuadas (muita carga para a memória), fórmulas.) 
  • Não automatiza informações –memória de trabalho - (armazenar e buscar o que foi ensinado).
  • Dificuldade de memória de longo prazo (esquece o que é para fazer de lição):
  • Dificuldade em lidar com grande quantidade de informação de uma vez só.

Dislexia


Dislexia

A palavra dislexia é derivada do grego "dis" (dificuldade) e "lexia" (linguagem). Dislexia é uma falta de habilidade na linguagem que se reflete na leitura. Dislexia não é causada por uma baixa de inteligência. Na verdade, há uma lacuna inesperada entre a habilidade de aprendizagem e o sucesso escolar. O problema não é comportamental, psicológico, de motivação ou social.

Dislexia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem. As atuais pesquisas, obtidas através de exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as informações de um modo diferente. Pessoas disléxicas são únicas; cada uma com suas características, habilidades e inabilidades próprias.

Toda pessoa disléxica tem sempre problemas na leitura?

O que caracteriza a dislexia é a dificuldade para decodificar os símbolos escritos e reconhecer imediatamente as palavras, tendo como conseqüência dificuldades na compreensão dos textos.

Com que idade pode ser feito um diagnóstico de dislexia? Quais profissionais fazem esse diagnóstico?

Podemos suspeitar a presença da dislexia desde cedo, principalmente na época da alfabetização, quando a leitura e escrita são formalmente apresentadas à criança. Um diagnóstico mais preciso é feito a partir da 2ª série, após dois anos de aprendizagem da leitura. Mas havendo sinais de dificuldades nas áreas de linguagem, um atendimento adequado deve ser iniciado antes mesmo da alfabetização.Os profissionais que podem realizar este diagnóstico são fonoaudiólogos trabalhando junto aos psicólogos especializados no assunto. Quando necessário, podem ser solicitados exames complementares (neurológico, neuropsicológico, processamento auditivo central, neuroftalmológico).

A dislexia é hereditária?

A dislexia de desenvolvimento, aquela que nasce conosco, com freqüência aparece em outros casos familiares. As causas genéticas e distúrbios neuroquímicos estão sendo estudados pelas ciências neurocognitivas.

Texto retirado do site: http://www.andislexia.org.br/- Associação Nacional de Dislexia

Dificuldades de aprendizagem...

Estando há algum tempo em sala de aula, percebo o quanto o número de alunos com dificuldades de aprendizagem tem aumentado com frequência, o que faz com que nós professores estejamos sempre atualizados em relação a tudo o que diz respeito a sala de aula. Estou postando um texto que fala um pouco sobre as dificuldades de aprendizagem...


O termo 'dificuldade de aprendizagem' começou a ser usado na década de 60 e até hoje - na maioria das vezes - é confundido por pais e professores como uma simples desatenção em sala de aula ou 'espírito bagunceiro' das crianças. Mas a dificuldade de aprendizagem refere-se a um distúrbio - que pode ser gerado por uma série de problemas cognitivos ou emocionais - que pode afetar qualquer área do desempenho escolar.Na maioria dos casos é o professor o primeiro a identificar que a criança está com alguma dificuldade, mas os pais e demais membros da família devem ficar atentos ao desenvolvimento e ao comportamento da criança.

Segundo especialistas, as crianças com dificuldades de aprendizagem podem apresentar desde cedo um maior atraso no desenvolvimento da fala e dos movimentos do que o considerado 'normal'. Mas os pais têm que ter cuidado para não confundir o desenvolvimento normal com a dificuldade de aprender. A psicóloga Maura Tavares Rech, especialista em psicoterapia infantil, afirma que "toda a criança tem um processo diferente de desenvolvimento - umas aprendem a andar mais cedo, outras falam mais cedo - e isso é absolutamente normal, não existe um 'padrão' de desenvolvimento. Portanto é importante que os pais respeitem o desenvolvimento geral da criança. Nesta fase o pediatra torna-se um grande aliado dos pais", diz a psicóloga.

Crianças com dificuldades de aprendizagem geralmente apresentam desmotivação e incômodo com as tarefas escolares gerados por um sentimento de incapacidade, que leva à frustração.Neste caso, a orientação da psicóloga é de "valorizar o que a criança sabe para fortalecer sua auto-estima". Mostrar para a criança o quanto ela e boa em tarefas na qual ela tem habilidade e incentivá-la a desenvolver outras tarefas nas quais ela não é tão boa, é fundamental.

"Os pais têm que dar segurança e atenção para ensinar a criança a aceitar as frustrações", diz Maura. Criar um ambiente adequado para que ela desenvolva o estudo e estabelecer limite de horários para a realização das tarefas são outras dicas importantes da psicóloga. Mas não se deve confundir dificuldade de aprendizagem com falta de vontade de realizar as tarefas. Maura afirma que problemas de aprendizagem podem ser causados por uma simples preferência por determinadas disciplinas ou assuntos. "Nestes casos um professor particular pode, muitas vezes, resolver o problema", diz ela.

Se os pais acreditam que seu filho apresenta dificuldades de aprendizagem, devem procurar um profissional para receber as orientações. Neste caso, os psicólogos com especialização em clinica infantil são os profissionais adequados para realizar uma avaliação e tratar da criança, se o problema for gerado por fator emocional. Caso o diagnóstico da criança for dificuldade cognitiva, a criança deve ser encaminhada para um psicopedagogo que poderá ajudar no desenvolvimento dos processos de aprendizagem.

Para obter resultados concretos é preciso ser feito um trabalho em conjunto entre pais, psicólogos, psicopedagogos, escolas e professores, que deverão estar envolvidos com um único objetivo: ajudar a criança. E é imprescindível que os pais conheçam seus filhos e conversem freqüentemente com eles para que possam detectar quando algo não vai bem.

Olá....

Bom, sou professora do Ensino Fundamental I (4ºano) e leciono há 10 anos...
Estou fazendo este blog para compartilhar dúvidas, ideias, sugestões, reclamações, enfim de tudo um pouco....Espero que vocês gostem e comentem.....
Beijinhos....